A inspiração veio de outro humorista chamado Rafael Cunha, o “Vigarista”. Ele é minha referência em termos de humor do dia a dia, envolvendo família, amigos e situações cotidianas. Sim, “Fala, garotxinhos!” é a minha marca registrada! Chamo todos de “garotxinhos” e “garotxinhas”: desde o passageiro no meu carro – porque sou motorista de aplicativo também – até o padeiro na padaria e a atendente no guichê de uma companhia aérea.
2. Você tem uma forma única de fazer humor com situações do dia a dia em Pernambuco. Como o estado influencia na sua criatividade?
O “meu país Pernambuco”, como nós pernambucanos costumamos chamar, é muito rico e tem características únicas. Seja no trânsito, no comércio ou na forma como as pessoas inventam maneiras criativas de ganhar a vida, sempre encontro inspiração nessas situações para criar conteúdo. É essa singularidade que uso como base para as minhas resenhas.
3. Com mais de 50 mil seguidores no Instagram, como você lida com o crescimento nas redes e a expectativa do público por conteúdos novos?
No começo, parecia fácil. Recebia muitas mensagens positivas e parabéns pelo conteúdo. Mas, à medida que o público cresceu, também surgiram os haters, e isso me afetou muito. Precisei dar uma pausa de cerca de 10 meses, pois fui diagnosticado com depressão. Felizmente, me tratei e hoje estou curado, graças a Deus, à minha família, aos meus amigos próximos e aos vários fãs que fiz ao longo desses três anos como influencer e humorista.
Quanto à expectativa do público, tento sempre estar atualizado com os assuntos do momento. Transformo esses tópicos populares em “munição” para meu conteúdo, mantendo meu jeito alegre e extrovertido.
4. Seu humor é leve e acessível para muitas idades. Já teve alguma situação engraçada com fãs ou um “garotxinho” que te reconheceu na rua?
Certo dia, estava na praça de alimentação de um shopping e notei que um cara não parava de me olhar desde que cheguei. No início, não dei muita atenção, mas ele continuava me encarando mesmo enquanto eu decidia o que comer. Fiquei desconfiado, especialmente porque ele ainda me observava enquanto eu almoçava.
Assim que terminei de comer, ele levantou e veio em minha direção. Naquele momento, fiquei preocupado e escondi a faca na mão, pois não sabia o que ele queria. Quando ele chegou perto, disse: “Com licença, você é o Thomás Nápoles, o garotxinho, não é?” Eu respondi: “Sou eu mesmo. Por quê?” Ele então disse: “Cara, eu te sigo nas redes sociais e sou fã do seu conteúdo. Posso tirar uma foto com você?”
Eu ri e respondi: “Claro, garotxinho! Mas vou te confessar uma coisa: eu estava com a faca na mão porque você não parava de olhar pra mim. Já estava ficando com medo!” Ele riu, pediu desculpas e explicou que estava com vergonha de se aproximar. Aproveitei a situação para fazer um story com ele, e terminamos o encontro com muitas risadas.
5. O humor é uma forma poderosa de conectar pessoas. Qual mensagem você espera passar com seus vídeos para quem te assiste?
Quero incentivar as pessoas a levarem a vida de forma mais leve, alegre e menos séria. Sou fã do Coringa e do Batman, e, como o próprio Coringa diz em seus filmes, acho que a gente escolhe como enfrentar as situações difíceis: lamentando ou tentando ver o lado positivo.
Sempre digo que o humor nasce de situações ruins de passar, mas boas de contar. Mesmo que algo tenha doído no momento, depois é possível rir disso e compartilhar a história com alegria. Essa é a mensagem que quero passar: que, apesar dos desafios, a vida pode ser vivida com leveza.
6. Quais são os próximos passos do Thomás Nápoles? Podemos esperar novos projetos, colaborações ou até shows ao vivo?
Quero continuar com meu humor que todos podem se identificar, sem puxar para nenhum lado específico, porque humor é arte, e arte não deve ter limites. Acredito que, se uma pessoa não gosta de um tipo de conteúdo, ela tem a liberdade de não consumir, mas não concordo com censurar qualquer forma de expressão artística.
Sim, estou fechando novas parcerias, novas portas estão se abrindo, e tenho um projeto engatilhado que não posso revelar muito agora. Posso adiantar apenas que ele vai além das telas do celular, com a possibilidade de levar meu humor para os palcos de Comedy Clubs e teatros.
Agradecemos sua participação, Thomás! Foi um prazer conhecer mais sobre sua trajetória e o universo por trás de “Fala, garotxinhos!”. Desejamos muito sucesso e que seu humor continue encantando o Brasil!
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