Por que a fibromialgia é chamada de “dor invisível”?
A fibromialgia é frequentemente considerada uma dor invisível porque não possui alterações visíveis em exames comuns, como radiografias ou exames de sangue. O paciente sente dores constantes, difusas e intensas, muitas vezes acompanhadas de fadiga profunda, problemas de sono, alterações cognitivas e emocionais, mas quem olha de fora dificilmente percebe essa dor. Isso gera uma sensação de incompreensão e isolamento no paciente, que muitas vezes enfrenta julgamentos e até mesmo descrença de pessoas próximas e até de profissionais de saúde.
Imagine sentir dor todos os dias sem uma explicação clara ou visível:
É exatamente essa a experiência vivida por quem tem fibromialgia.
⚠️ Por que a avaliação multidisciplinar é tão importante?
Por ser uma condição complexa, que afeta o físico, o emocional, o social e até o financeiro, a fibromialgia precisa ser avaliada por diferentes profissionais ao mesmo tempo:
• Médicos confirmam o diagnóstico e avaliam limitações físicas;
• Psicólogos ajudam a lidar com o impacto emocional e cognitivo da dor;
• Fisioterapeutas avaliam as limitações funcionais e oferecem tratamentos físicos adequados;
• Nutricionistas ajudam a equilibrar a alimentação para reduzir a inflamação e aumentar a energia;
• Assistentes sociais orientam sobre direitos e benefícios sociais que podem melhorar a qualidade de vida do paciente.
Essa abordagem completa garante um diagnóstico preciso, permite um acompanhamento eficaz e humanizado, e oferece ao paciente ferramentas reais para enfrentar o desafio da dor invisível.
📜 O que muda com a nova lei?
A recente aprovação da lei que equipara a fibromialgia e outras dores crônicas à condição de deficiência física, sancionada pelo presidente Lula, é um avanço histórico. Com ela, pacientes com fibromialgia têm acesso a direitos semelhantes aos garantidos às pessoas com deficiência física, como:
• Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez;
• Benefícios assistenciais como o BPC/LOAS;
• Cotas especiais em concursos e mercado de trabalho;
• Isenções fiscais (por exemplo, em veículos adaptados);
• Acesso prioritário e facilitado a serviços públicos e programas sociais.
Mas, para garantir esses direitos, o paciente precisa passar por uma avaliação biopsicossocial criteriosa feita por uma equipe multidisciplinar capacitada, que ateste a existência, gravidade e impacto funcional da doença.
🏥 É nesse contexto que atuam o Centro Paraibano de Dor e a NeuroEquilíbrio.
Com equipes multidisciplinares especializadas, nossos centros têm como objetivo cuidar de forma completa, validando o sofrimento invisível, emitindo laudos técnicos detalhados, oferecendo tratamentos personalizados e facilitando o acesso a esses novos direitos legais.
Porque a dor pode até ser invisível, mas o cuidado precisa ser completo, visível e, acima de tudo, humano.
Por Dr. Luiz Severo - Neurocirurgião e Médico da Dor
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