Natal sediou nos dias 15 e 16 de agosto o Congresso Brasileiro de Neuromodulação 2025, reunindo especialistas nacionais e internacionais em torno dos mais recentes avanços científicos no tratamento da dor crônica e das doenças neurológicas e neuropsiquiátricas.
A programação evidenciou as crescentes evidências na utilização da neuromodulação não invasiva para condições como dor crônica, doença de Parkinson, depressão, ansiedade, burnout e fadiga crônica. Técnicas como a estimulação magnética transcraniana (TMS) e a estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS) mostram resultados consistentes e promissores de forma segura e acessível.
Outro destaque do congresso foi a fotobiomodulação (ILIB, craniana, auricular, intranasal e sublingual), que vem se consolidando como uma estratégia promissora para dor, distúrbios do sono, cefaleias, depressão e neurodegeneração, estimulando reparo celular e redução do estresse oxidativo por meio da ação direta da luz em estruturas cerebrais.
Paralelamente, o congresso reforçou o papel central das terapias invasivas, já consolidadas por evidências robustas:
- DBS (Deep Brain Stimulation) para distúrbios do movimento, epilepsia e transtornos psiquiátricos refratários como depressão e obesidade.
- Eletrodos medulares (SCS) para dor crônica complexa, como lombociatalgia pós-cirúrgica.
- Eletrodos de gânglio da raiz dorsal (DRG) para dores neuropáticas localizadas.
- Estimulação de nervos periféricos (PNS) para neuralgias e dor pélvica crônica.
Mais recentemente, estudos vêm apontando para o potencial de combinação dessas tecnologias, integrando estratégias invasivas e não invasivas a protocolos de reabilitação motora, cognitiva e integrativa, com impacto superior na qualidade de vida dos pacientes.
Entre os especialistas presentes esteve o neurocirurgião Dr. Luiz Severo, CEO da NeuroEquilibrium – Centro de Neuromodulação, que participou ativamente das discussões. Para ele:
“A neuromodulação é uma das maiores fronteiras da medicina atual. Temos evidências robustas de que pode mudar a vida de pacientes com dor crônica e doenças neurológicas refratárias. Mas também precisamos enfrentar o desafio da acessibilidade — nem todos podem pagar ou têm acesso pelo SUS. Nosso papel, enquanto médicos e gestores, é lutar por inclusão, equidade e integração de terapias para que mais pessoas sejam beneficiadas.”
📌 Mensagem central: O Congresso de 2025 reafirma que o futuro da medicina está na integração entre inovação tecnológica, personalização do cuidado e acesso equitativo, com terapias que unem ciência, segurança e esperança para milhões de pessoas que convivem com dor e doenças neuropsiquiátricas.
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