Enquanto muitos vestem tendências, João Gomes veste a própria história. E foi exatamente isso que ele fez no Prêmio Multishow 2025: mais do que apresentar um look, ele apresentou ao Brasil e ao mundo um manifesto de identidade, pertencimento e autoria.
Nada ali foi acaso. Cada peça, cada textura, cada escolha carrega origem, território e verdade. João não persegue estéticas globais, ele exporta o Nordeste como conceito. Ele sobe ao maior palco da música brasileira sem abrir mão das suas raízes. E isso é autoralidade em seu estado mais potente.
No Multishow 2025, o visual não foi apenas estética. Foi discurso. Foi chão. Foi história viva caminhando sobre um tapete de visibilidade nacional.
E é exatamente aí que um detalhe se transforma em símbolo:
Nos pés, João Gomes usou as sandálias da Santo Forte.
As sandálias ganham forma no polo calçadista de Timbaúba, pelas mãos de artesãos que dominam técnicas manuais passadas por gerações. Cada par carrega tempo, precisão, tradição e identidade.
Mais do que um produto de moda, ali existe um posicionamento claro:
valorização da economia circular, fortalecimento das cadeias produtivas locais, geração de renda onde a cultura nasce, e não apenas onde é consumida.
João não pisa apenas num palco de premiação.
Ele caminha no Sertão.
Ele caminha na cultura popular.
Ele caminha na história de quem constrói com as mãos.
Porque quando um artista ocupa um espaço de tamanho impacto sem abandonar sua raiz, o que se vê não é só estilo, é consciência, pertencimento e identidade.
E naquela noite do Prêmio Multishow 2025, ao usar as sandálias da Santo Forte, ele mostrou que o luxo também nasce do chão batido, do couro caprino, do trabalho manual, da força coletiva e da tradição viva.
O que antes era visto como regional, hoje é referência nacional. O que antes era tratado como simples, hoje é conceito.
O que vem do Sertão, agora dita estilo nos maiores palcos do país.
Porque o Nordeste e o Brasil não seguem tendências, eles criam caminhos.
E João Gomes é a prova viva disso.
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